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TERRA SECA

O céu clama em tom cansado,
as nuvens fogem do sertão.
O rio, antes abençoado,
agora é pó no chão.

O verde virou lembrança,
a flor perdeu seu perfume.
Na terra seca, a esperança
arde como o lume.

O homem corta, queima e esquece
que o chão também tem dor.
E a chuva, triste, não aparece —
fugiu com o último amor.

Mas se a mão que fere o solo
voltar a semear o bem,
a vida — em doce rebolo —
renasce, firme, outra vez também.

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